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Foto do escritorGiu Franchi -Lagom by Giu

Uma nova abordagem sobre “Organização doméstica” na infância.

Começo esse texto com algumas expressões que possam soar familiar para muitas pessoas:

- “lavar louça é coisa de mulherzinha;

- “a mãe é que cuida da casa”;

Entre essas e outras tantas, por fatores socioculturais ou mesmo crenças que nos acompanham desde o nosso nascimento até a fase adulta, a responsabilidade no que envolve serviços domésticos, passa a ter uma conotação de gênero, ou seja, um trabalho exercido pelo sexo feminino.

As mães tomam para elas a responsabilidade da organização do lar, mesmo nos dias de hoje, quando em muitos lares, pais e mães já dividem o ambiente profissional, o sustento da família, a educação dos filhos mais nem sempre dividem as atividades domésticas. E então, a pergunta que não quer calar:

- Como faço para explicar para o meu filho que não se deve deixar tudo bagunçado?

- Estou exausta de tentar organizar minha casa, por onde começo?

Minha resposta é simples e direta:

- Comece a envolver a criança desde cedo em pequenas atividades do lar, como ajudar a recolher os brinquedos, arrumar os panos de prato por cor, ou colocar a própria roupa suja no cesto. Assim, eles estarão envolvidos no processo de “construção” do meio onde vivem, como indivíduos ativos dentro da família e não somente como um ser passivo que ali habita.

Os benefícios dessa prática? – Vários.

Exercícios como categorizar por cor, separar a roupa em pilhas ou tipo, por exemplo, são atividades que ajudam no desenvolvimento motor, da memória, do raciocínio lógico, e no senso de “pertencimento” e inclusão, o que lhe permitirá futuramente desenvolver habilidade de trabalho em equipe, responsabilidade com seus próprios pertences, raciocínio estratégico e lógico.

Parece não fazer sentido? E se todos nós fossemos criados dessa maneira, será que haveria tanto conflito entre casais, pais e filhos envolta do tema “Organização”.

Todos nós somos mais zelosos e cuidadosos quando estamos envolvidos de forma ativa em alguma ação e/ou somos responsáveis por ela. Aprendemos a desde cedo termos um consumo consciente e não supérfluo, além de criamos uma conexão com o meio em que vivemos.

O exemplo consistente através da atitude dos pais ensinará e passará naturalmente para a criação do hábito de organizar para os filhos, e de entender a casa como um espaço em movimento onde todos que ali habitam tem a responsabilidade e dever para a construção e manutenção da harmonia do lar.

Giuliana Franchi


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