Com tempo suficiente para redescobrir as atividades domésticas, muitas pessoas e famílias também estão redescobrindo que compartilhar tarefas dentro do lar faz parte de uma convivência saudável.
Em muitas culturas, ainda se atribui à mulher o dever de manter as rotinas da casa e a criação dos filhos em perfeita harmonia, quando, na verdade, é dever de todos os membros da família assumirem responsabilidade dentro do ambiente em que vivem. E para que haja envolvimento de todos desde cedo é crucial iniciar pequenas mudanças de hábitos e comportamentos. Lembre-se que mesmo as crianças pequenas aprendem e repetem o comportamento dos pais.
No início, pode ser difícil que as tarefas da casa sejam feitas com um esforço combinado, pois lidamos com opiniões variadas sobre quais projetos são necessários, principalmente ao adicionarmos algumas complicações: trabalhar em casa em um momento de grande incerteza econômica, atividades escolares sendo feitas em casa, a família toda ou a maior parte dela em casa o tempo todo e as pressões que nos colocamos de manter a casa organizada.
Permita que todos os membros da família expressem o que gostariam de fazer. Discuta não só o que deve ser feito, mas o porquê deve ser feito. Certifique-se de que as intenções são claras e todos estão a bordo com os mesmos objetivos em mente.
Tenha em mente que cada pessoa é diferente e vai fazer as coisas de forma diferente. Certifique-se de guiá-los com leveza e respeite a energia e a motivação de cada um.
Divirta-se! Ligue um pouco de música, tenha água e lanches prontos, tire uma foto antes e depois se você estiver limpando um espaço ou fazendo uma mudança de design, tire algumas fotos da casa, brincando enquanto progridem.
A combinação de fatores como o esforço, a mentalidade positiva, um plano forte e eficaz, uma expectativa realista em relação ao tempo, respeito mútuo e contentamento genuíno com a noção de progresso — e não de perfeição — pode nos fazer perceber e analisar a forma como temos visto nosso lar, doce lar, até agora.
Desmistifique a ideia da casa perfeita para dar lugar a uma casa com vida e em movimento. Tenha em mente a ideia do bem-estar coletivo, diminua o seu excesso de “controle” e estresse e pratique pequenas atitudes diárias com os membros da sua família que poderão tornar-se hábitos positivos ao final dessa quarentena. Seguem as dicas:
– Se algo precisa ser consertado: conserte;
– Se tirou algo do lugar: volte-o para o mesmo;
– Se sujou: limpe;
– Se abriu: feche;
– Se começou: termine.
Para nos organizarmos internamente em tempos de rigidez e privações, sugiro nos questionarmos se uma maior agilidade e flexibilidade emocional não seria a melhor saída para se criar uma saudável e sustentável resiliência e prosperidade em nossas vidas. Flexibilidade emocional significa olharmos para dentro de nós com carinho e respeito e nos perguntarmos qual fator, pessoa, condição, situação está nos causando medo e ansiedade e analisarmos uma coisa por vez.
Organizar as emoções é entender que elas se formam a partir de dados correlacionados ao meio e situações externas. Podemos senti-las, mas isso não quer dizer que somos a própria emoção. E a melhor forma de começar a organizá-las é parar de fundir-se com suas emoções.
Flexibilidade emocional não é a ausência de medo, é o medo em movimento. É a capacidade que temos de seguirmos com compaixão e sem a necessidade de controle excessivo de tudo e de todos.
Texto: Giuliana Franchi - Lagom by Giu
@lagombygiu http://lagombygiu.com.br/a-importancia-de-sermos-flexiveis/
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